Um tremor de 2,7 graus na escala Richter atingiu o município de João Câmara, a 73 quilômetros de Natal, na tarde deste sábado (9).
''Moradores sentiram que as telhas de casa chacoalharam''
Ferreira conta que o tremor começou às 15h18 e alguns minutos depois moradores de cidades vizinhas como Taipu, Poço Branco, Ceará Mirim e de alguns bairros da capital do Estado sentiram apenas o barulho da ventania. A Defesa Civil do Estado não foi encontrada para comentar o caso.
O professor Joaquim Mendes Ferreira, coordenador do laboratório de sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), disse que alguns moradores relataram o chacoalhar das telhas de casa.
O boletim sísmico brasileiro divulgado ontem pelo Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) apresentava inicialmente 2,0 graus na escala Richter como o índice de magnitude do tremor.
O dado foi corrigido, mas o professor Joaquim Ferreira, diz que amanhã as equipes do laboratório vão analisar os registros e até terça-feira chegarão ao resultado final sobre o tremor.
Esse foi o segundo registro de tremor no país em 2010. O primeiro aconteceu em Sobral, no Ceará, no dia 2 de janeiro e também chegou a 2,7 graus.
Histórico
Os primeiros registros em João Câmara aconteceram em 1986 e os estudiosos disseram que se tratava de um caso isolado, mas no mesmo ano a cidade sentiu outros tremores que chegaram a 5,1 graus e derrubaram centenas de casas.
Entenda o que é e para que serve a escala Richter:
A escala Richter foi criada em 1935 pelo americano Charles Richter e mede a magnitude dos terremotos, ou seja, calcula a energia liberada pelas movimentações da terra.
Os aparelhos chamados sismógrafos captam as movimentações da terra com seus pequenos pêndulos fixos em uma base de concreto e “desenham” linhas que representam a oscilação terrestre.
O total registrado é transformado em números e frações decimais. A escala Richter não tem valor máximo e cada número inteiro a mais significa que a energia liberada pelos movimentos da terra foi 31 vezes maior que o índice anterior – de dois para três, por exemplo, há 31 vezes mais energia liberada.
Índices
Menor que 2 – apenas os aparelhos registram movimentações desse nível. As pessoas não conseguem perceber qualquer efeito.
Entre 2 e 2,9 – Muito pouco perceptível.
Entre 3 e 3,9 – É sentido por muitas pessoas, mas não prova danos materiais.
Entre 4 e 4,9 – Tremores de baixa intensidade que destroem, no máximo, objetos de pequeno porte.
Entre 5 e 5,9 – Tremores moderados capazes de causar danos em áreas com estrutura frágil. Derruba partes de casas de pequeno porte.
Entre 6 e 6,9 – Já se trata de um forte tremor com poderes destrutivos em um raio de até 180 km de distância do centro de formação do fenômeno. Tem força suficiente para provocar grandes rachaduras ou abalar a estrutura de prédios.
Entre 7 e 7,9 – Atinge áreas maiores e as consequências podem ser sentidas em diversos países. Provoca centenas de mortes e derruba construções.
Acima de 8 – Pode destruir todo um país, dependendo de sua localização, e destruir muitos outros. Causa milhares de mortes.
domingo, 10 de janeiro de 2010
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